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sábado, 2 de abril de 2011

O ORGULHO (ao olhos das escrituras )

Orgulho

Muitas vezes não encaramos o orgulho como algo errado: “Eu tenho orgulho de ser “Eu tenho orgulho de torcer para o”. “Eu tenho orgulho de minha família”. É verdade que em muitos destes casos, estamos apenas nos referindo ao sentimento de satisfação que estas coisas nos trazem. Mas no sentido bíblico, orgulho é uma atitude de superioridade em relação aos demais. Isso desagrada a Deus:
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (Tiago 4.6)
O orgulho pode causar muitos problemas:
- o orgulhoso não pede conselhos, pois acha que pode se virar sozinho;
- o orgulhoso não pede conselhos, pois acha que suas idéias são melhores do que as dos outros;
- o orgulhoso fica irado quando seus “pensamentos superiores” são desafiados;
- o orgulhoso não pede perdão pelos seus erros, pois é difícil para aquele que se considera superior, reconhecer que falhou;
- o orgulhoso tem dificuldade de depender de Deus, pois se considera auto-suficiente (normalmente isso se demonstra numa vida de oração fraca);
- o orgulhoso não pede ajuda para os outros, pois isso significa ter que reconhecer sua incapacidade;
- o orgulhoso pode se tornar tímido ou isolado, pois tem medo do fracasso;
- o orgulhoso normalmente quer ser servido ao invés de servir;
- o orgulhoso pode viver para agradar as pessoas ao invés de agradar a Deus, pois o reconhecimento das pessoas, que alimenta o seu orgulho, se torna algo muito importante; - o orgulhoso não gosta de perder.
Com esta lista resumida, podemos perceber que o orgulho é uma pedra de tropeço, que nos conduz a vários tipos de práticas pecaminosas. O livro de Provérbios destaca esta realidade:
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. (Prov 16.18)
Diante de tantos problemas e da compreensão de que o orgulho não agrada a Deus, precisamos entender este assunto biblicamente. Vejamos, assim, o que se passa no coração do orgulhoso.
1. O orgulhoso avalia exageradamente a si mesmo.
Quando consultamos o dicionário, vemos que um dos significados da palavra “orgulho” é um ter um elevado conceito sobre si próprio. Em outras palavras, o orgulhoso é aquele que avalia a si mesmo com uma nota muito alta. É aquele que olha para suas próprias virtudes com uma lente de aumento. Por isso, o apóstolo Paulo diz:...não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rom 12.3).
Mas o mundo à nossa volta afirma que devemos elevar nossa auto-estima, considerando nossas capacidades e qualidades, e dizendo para nós mesmos como somos especiais. O problema é que isso leva as pessoas a terem um conceito elevado sobre si mesmas, ou seja, isso alimenta o orgulho. E na medida em que consideramos a nós mesmos como superiores, começamos a olhar para os outros como inferiores.
2. O orgulhoso considera os outros inferiores.
O orgulho faz com que as pessoas considerem a si mesmas como superiores às demais. Desse modo, acreditam que aquilo que têm e fazem é melhor do que aquilo que os outros têm e fazem. A conseqüência natural disso é que o orgulhoso trata os demais como inferiores. Por isso, Paulo afirma que o cristão deve considerar os outros como superiores a si próprios: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” (Filp 2.3)
Não se trata de uma tentativa de encontrar nos outros algo melhor do que o que temos. As outras pessoas não precisam ter qualidades superiores às nossas para que as tratemos bem. O que devemos fazer é colocar o bem-estar do próximo como mais importante do que a satisfação dos nossos próprios interesses. Mas para isso acontecer é preciso abrir mão de nossas “qualidades superiores”.
3. O orgulhoso é apegado às suas “qualidades superiores”. “Mas e se eu realmente for alguém muito especial, com muitas qualidades que me diferenciam dos demais?” “Será que posso ter um conceito elevado sobre mim se realmente eu for bom?” Essas são questões interessantes, pois parece ser algo normal uma pessoa se orgulhar se ela é muito boa em tudo aquilo que faz.
O orgulhoso é alguém apegado às suas “qualidades superiores”. Ele ama tudo aquilo que o torna “superior” aos demais, e tem extrema dificuldade de abrir mão disso. O resultado é que suas escolhas quase sempre são tomadas em função daquilo que lhe satisfaz o ego, ao invés de serem feitas para agradar a Deus e beneficiar o próximo.
Mas a Bíblia nos ensina algo bem diferente. Jesus, sendo Deus, não se apegou a isso, mas dispôs-se a abrir mão de sua glória e humilhou-se a ponto de morrer na cruz (Filp 2.5-11). Ele poderia considerar-se superior à humanidade (porque realmente é superior) e, ao invés de servir, poderia exigir ser servido, adorado e reconhecido. Porém, Ele se dispôs a servir, a ser desprezado e rejeitado.
Esta deve ser a atitude de todo cristão. Deus espera que não sejamos apegados àquilo que temos, mas que estejamos dispostos a abrir mão de todas as coisas para servi-lO e também servir ao próximo.
 Vejamos a escritura “avaliando, o trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade,porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Ped 5.5,6)
Não importa se temos um mestrado ou doutorado; não importa se somos ricos; não importa se somos influentes e poderosos; não importa se temos alguma habilidade que nos destaca dos demais. Não podemos nos apegar a nada disso, mas devemos sempre estar dispostos a deixar isso de lado por amor a Deus.
4. O orgulhoso não reconhece a generosidade de Deus; A Bíblia nos ensina que não temos motivo algum para nos orgulharmos, pois tudo aquilo que temos, que aparentemente nos destaca dos demais, vem de Deus: Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido?     E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido? (1 Cor 4.7)
O orgulhoso é aquele que não percebe a força abençoadora de Deus sobre sua vida. Ele insiste em acreditar que seu talento, oratória, habilidades físicas, recursos financeiros, etc, pertencem a ele por se tratar de alguém especial, superior aos demais. Ele pensa ter conquistado tudo isso por seu próprio esforço, e assim orgulha-se disso, pois observa que se destacou das outras pessoas. Esse é um grave engano! Tudo o que temos vem de Deus! É Ele quem nos dá todas as coisas! É Ele quem nos faz sobressair! Portanto, a glória não é nossa, mas do nosso gandioso Deus.
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre.  (Efésios 3.20,21)
O orgulho nos leva a querer “roubar” a glória de Deus para nós. Ele nos faz querer ser o foco das atenções. Assim, sigamos o exemplo de João Batista, que “deixou os focos de glória” para apontar para Jesus como sendo ele  o centro das atenções: Convém que ele cresça e que eu diminua. (João 3.30)
O orgulho e e semente que Satanas semeia para todos os que vivem desamparados de amor bondade caridade mas sim ganacia e avides de posse .

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